Olhava para o céu azulado da cor do sabão tradicional.
Deus não a ouvia por ser tão racional.
E lá estava ela: dotada de tal tristeza.
De um frasco recheado das tarefas de destreza.
Deitou.
Deitou o frasco ao chão.
Queria lá saber daquilo.
Queria lá saber daquilo (ela só pedia: de novo a paixão.)
II
Mergulhou no rio encoberto de cores esquisitas e desconfiadas.
Mas ninguém quis saber.
Só queriam que ela voltasse ao que tinha por fazer.
Então, ela voltou.
E estava moribunda.
O mundo inteiro queria beijar a defunta.
III
Ela não se importou com nada.
Queria jogar ás cartas com o que dela restava.
À sua volta: a companhia era gelada.
Não jogou nem sorriu sequer porque não lhe apeteceu.
Tentava, simplesmente, lembrar-se do dia frágil em que a mulher nasceu.
Sem comentários:
Enviar um comentário