Nestes dias em que tudo o que piso está amargurado, vou rebolando nas caras que se limitam a fraudes esburacadas pelos outros ou por elas.
Penso em cenários melhores, em algo que não existiu e causa saudade.
Não me envolto em lamentos e sei lá.
Coloco-me em décadas de ilusão esculpindo alguém, esculpindo-te a ti.
Deixa-me ir para o monumento mais alto da tua cabeça e gritar coisas imperfeitas.
Deixa-me dar-te a mão e avassalar todas as ruas desta cidade na decadência.
Vamos cortar mil confissões de amor e vamos forrar o Inferno.
Vamos pôr o nosso futuro em garrafas e vamos bebê-lo debaixo das árvores.
Segura-me que ser só um cansa.
Ou dá-me um tecto e eu faço-te sorrir, que nesta loucura tudo vale para que a crueldade deixe de ser vil.
25 de Junho de 2008
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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